Meu caro vizinho

Não sabemos os motivos deste ou do outro mundo que fazem com que as pessoas partam. Simplesmente há um momento em que elas se vão e isso determina a perspectiva de que nunca mais a encontraremos. No contexto atual, muitas pessoas que conhecemos e nos irmanamos estão tão distantes geograficamente que o desejo de encontrar, de conhecer ao vivo, nos move. Mas, de repente, recebo a notícia que aquele querido amigo, meu caro vizinho, se foi, e aquele abraço amigo nunca vai acontecer. O nunca é maior que tudo nesta hora.
Houve m tempo em que Cássio Yazbek foi um grande amigo de infância. Brincamos no mesmo playground do Twitter, onde cresci também com outras pessoas maravilhosas (como a Taís Santiso, que tive a bênção de conhecer e reconhecer no olhar o que já sabia). Cássio foi um grande amigo - como muitos - em um momento muito doloroso da minha vida em que, como um santo (sem metáforas, contém subtexto), intercedeu em momentos com conversas amenas, até divertidas ou mesmo falando de si, de sua família, de seu filho e da sua especialidade culinária: panqueca. Conversamos muito sobre gestão de risco, também, aprendi um pouco mais sobre o assunto.
Muitos, sei, acreditavam que pudesse haver algo além das nossas brincadeiras. Fora do playground, Cássio era um grande e querido irmão, por quem eu alimentava um carinho enorme e um desejo de um abraço proporcional.
Ele foi uma das muitas muletas que me mantiveram quando eu não poderia resistir em pé, e muletas não reclamam, estão sempre dispostos a ajudar.  Mas quando nos faltam, fazem-nos cair.
Cássio "meu caro vizinho", que o portão celestial se abra e te receba naquele open bar! Nos encontraremos, um dia. O abraço só foi adiado.

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