Movimentos sociais urbanos existem?

Bem...

Eu acredito em coisas assim, como a existência de seres com inteligência superior à minha, não necessariamente em outro planeta. Assim como acredito que um ser humano sozinho não é sociedade, e que nenhum papel (seja registrado em cartório ou emitido pela casa da moeda) tenha tanta força quanto o gesto para construir algo.
Tivemos vários exemplos disto no evento TEDxVer-o-Peso que ocorreu este sábado, em Belém. Pena que foi restrito a poucos; não sei porque motivo eu estava entre estes poucos. Mas se estive lá, e me senti a vontade naquele meio, acho que encontrei os seres de outros planetas que estão infiltrados aqui na terra de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Não todos, senti falta de alguns...
OK, errei em não divulgar antes. Talvez a minha descrença passe por minha própria crença em mim mesma, de tanto apanhar... Mas uma frase do procurador Felício Pontes me inflou novamente o peito, algo mais ou menos assim: não ganhei todas, mas também não queria estar no lugar daqueles que me venceram!
Coincidentemente, um determinado vereador tem proposto mudanças de nomes de ruas para homenagear grandes empresários. Este mesmo vereador que foi capaz de destruir um chalé no Centro Histórico e de propor mudanças no gabarito da área de entorno. Ok, ele tem vencido, mas não quero nem um centímetro do crédito dele! Mas fico feliz quando vejo que não há apatia, quando o povo reage, seja com abaixo-assinados (disponíveis nas barracas da Praça Batista Campos), seja de forma artística, não menos contundente!
Atualmente, Belém tem passado por esse tipo de coisa: gente que acha que manda, muita gente que acredita. Mas tem aqueles que não estão conformados e, acredite, são mais que o coro dos contentes!
Hoje me perguntarem sobre o movimento pelo Teatro São Cristóvão, respondi literalmente que "Não se faz movimento social com uma pessoa, ou um grupo restrito. A sociedade se desmobilizou, o movimento parou. Fato é que ainda não existe uma posição por parte da nova gestão da SECULT sobre o que fazer, a não ser este posicionamento do atual governador (na época candidato), que postei aqui. Acho que esta foi a última informação relevante sobre o São Cristóvão que pude postar."
É frustrante perder uma batalha, mas triste mesmo é estar sozinho em qualquer circunstância. Eu acredito no povo paraense, acredito na força da cultura e do sangue alimentado de açaí e jambu!
Os moradores da Apinagés já mostraram a sua cara. Vamos lá galera da 25 de setembro! A não ser que vocês estejam satisfeitos em homenagear o Liberal! Daqui a pouco vão querer trocar o nome da Almirante Barroso pra Jader Barbalho (o que é, simbolicamente, a espinha dorsal de Belém). É isto mesmo que vocês querem?

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