Acácio Sobral
Acácio Sobral faleceu recentemente, em novembro do ano passado. Desde seu velório alimentei uma dívida comigo mesma de escrever sobre o Acácio. Ao ver a exposição, novamente a vontade reacendeu. Não é, certamente, pelo fato de sua morte que ele foi homenageado nesta edição do Salão Pequenos Formatos, talvez só um mote. Mas foi muito bom a maneira como ele foi homenageado.
Acácio sempre foi um artista atuante, ciente de seu papel como agente cultural – com sua visão pessoal sobre vários aspectos deste cenário – e sempre apresentou, em suas inúmeras exposições coletivas e individuais uma produção criativa e, muitas vezes, surpreendente. Quem possuía uma proximidade pessoal com Acácio, entendia a passagem de suas fases, seus momentos artísticos, que, muito mais do que o experimentalismo casual, diziam sobre a sua vida, sua relação com ela. Para quem não tinha esta proximidade, agora impossível, era necessária esta exposição.
Sem apresentar grandes obras, estão expostos momentos íntimos de sua trajetória, obras incompletas, estudos e experimentações, na grande maioria, desde a primeira tela até a desconstrução de sua imagem com a inserção de grafismos, como a dizer que a obra sobreporia ao homem, como os fatos da vida reafirmam. Pena que determinadas legendas estão com datas trocadas (facilmente perceptível nas obras antigas, quando Acácio ainda assinava e datava as obras na face frontal), que comprometem o entendimento tão linear de sua trajetória.
Questionar se o Acácio era um escultor, um desenhista ou um pintor é menos relevante aqui. Mas é fato observar, tanto em suas experimentações em resina plástica quanto em encáustica a valorização do pictórico, das manchas e planos. Mesmo nos desenhos de alguns anos atrás, a linha, como em toda sua obra, são apenas um elemento da sintaxe visual para estabelecer planos e texturas. Eu diria que ele era essencialmente um pintor, mas isso eu diria a ele, e discutiríamos um bocado sobre isto!
SERVIÇO:
Salão Pequenos Formatos
Galeria Graça Landeira
Universidade da Amazônia
Acácio sempre foi um artista atuante, ciente de seu papel como agente cultural – com sua visão pessoal sobre vários aspectos deste cenário – e sempre apresentou, em suas inúmeras exposições coletivas e individuais uma produção criativa e, muitas vezes, surpreendente. Quem possuía uma proximidade pessoal com Acácio, entendia a passagem de suas fases, seus momentos artísticos, que, muito mais do que o experimentalismo casual, diziam sobre a sua vida, sua relação com ela. Para quem não tinha esta proximidade, agora impossível, era necessária esta exposição.Sem apresentar grandes obras, estão expostos momentos íntimos de sua trajetória, obras incompletas, estudos e experimentações, na grande maioria, desde a primeira tela até a desconstrução de sua imagem com a inserção de grafismos, como a dizer que a obra sobreporia ao homem, como os fatos da vida reafirmam. Pena que determinadas legendas estão com datas trocadas (facilmente perceptível nas obras antigas, quando Acácio ainda assinava e datava as obras na face frontal), que comprometem o entendimento tão linear de sua trajetória.
Questionar se o Acácio era um escultor, um desenhista ou um pintor é menos relevante aqui. Mas é fato observar, tanto em suas experimentações em resina plástica quanto em encáustica a valorização do pictórico, das manchas e planos. Mesmo nos desenhos de alguns anos atrás, a linha, como em toda sua obra, são apenas um elemento da sintaxe visual para estabelecer planos e texturas. Eu diria que ele era essencialmente um pintor, mas isso eu diria a ele, e discutiríamos um bocado sobre isto!
SERVIÇO:
Salão Pequenos Formatos
Galeria Graça Landeira
Universidade da Amazônia
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