Zé Rodrix passeando de Zeppelin na cadeira ao lado do Conde Ferdinando

Não tenho palavras agora para dizer de forma racional o que estou sentindo com a notícia que recebi através do Twitter de Marcelo Tas: Zé Rodrix morreu.
Sinto isso como uma inverdade, um paradoxo. Alguém tão pleno não morre assim: puf! Tem que pedir autorização para os deuses de todos os céus que ele mexeu!

Zé foi autor de Casa no Campo, Soy Latino Americano, Mestre Jonas:


Quem conhecia sabia reconhecer o teclado, a voz, o estilo de Zé Rodrix nas propagandas e jingles. Ele nem precisava aparecer, mas nesse marco da propaganda brasileira ele nos deu o ar de sua graça:


Graça. Humor. Quem não se lembra do Joelho de Porco?
Zé, a Última Voz do Brasil para você! E no apagar das luzes do Teatro da Paz, ouvirei sempre e com saudades a abertura do Guarani, como não toca mais às 19 horas (não arranjaram um maestro a sua altura para a adaptação).


Uma vez, sentada num happy-hour na década de 1980, num bar na rua São José, Centro do Rio, uma amiga contou conhecer o Zé. Foi o momento quando eu mais tive inveja de alguém nessa vida. A todos que o conheceram, a todos que o admiraram, a todos que de alguma forma sentem a sua partida fica minha solidariedade.
Lamento aos que não conheceram esse gênio.

[Eu sempre fui fã do Zé Rodrix! Ele foi um ícone na minha vida, na minha formação, humor e sensibilidade. Com uma dor imensa no coração escrevo aqui. Grande perda. Mesmo. Porque os grandes, não necessariamente, são conhecidos pelo grande público. A gente sabia quando um jingle tinha a mão do Zé (ou sua voz). Mais do que uma casa no campo, o Zé me levou à ilha deserta, ao interior da baleia, passear de Zeppelim, me elevou a um espigão e me fez ouvir a última Voz do Brasil, que agora se cala.]

That's all.

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